Carolina Fernandes Carvalho.
No dia 16 de outubro, o Centro de Pesquisas e Estudos Agrários e Ambientais promoveu na Faculdade de Filosofia e Ciências (UNESP – campus de Marília) um debate baseando-se na exibição do documentário “O Veneno está na Mesa.”, de Sílvio Tendler. O encontro visou trazer a problemática do agrotóxico na comida diária – sendo que se consume cerca de cinco litros de agrotóxico anualmente – e também como o agronegócio é o catalisador do uso mais frequente de inseticidas.
Desde 2009, o Brasil é considerado o maior consumidor de agrotóxico do Mundo. As consequências, além da produção de um alimento escasso de nutrientes, são doenças sérias que prejudicam o ser-humano como um todo; dor de cabeça, depressão, câncer, irritação ocular e/ou auditiva, entre outros males. Tanto quem vive no campo quanto quem vive na cidade podem sofrer desses males. Sérgio Koifman, da Fiocruz, “Elas tem o efeito bastante diversificado nas populações que estão expostas tanto diretamente, como na população em geral, que, por exemplo, entra em contato através dos alimentos.”.
Felizmente, em Piracicaba, uma parceria entre a USP e uma empresa conseguiram realizar uma forma alternativa de prevenir pragas na agricultura. A criação de microvespa – que mede vinte e seis centímetros – que deposita os ovos dentro dos ovos das pragas, a primeira acaba nascendo e a segunda não: uma espécie de “substituição”. Esse método pode ser usado em vinte e oito culturas, principalmente a cana-de-açúcar. Além de ser mais barato, contribui com o meio de ambiente.
A reportagem é do SBT Brasil.